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Verdades que nunca te contaram sobre colocar limites para os filhos

Impor limites para os filhos é um desafio para as mães.



As mães mais antigas, como nossas avós, dizem que colocar limite é muito fácil e que no tempo delas elas tiravam de letra, algumas contam que tiveram sete filhos e que todos respeitavam os limites.

Até que de repente surgiu a internet, e então tudo se complica quando as crianças começam a serem estimuladas por algumas séries, desenhos infantis e uma variedade de influenciadores mostrando seus direitos.


Já adianto que isso não é ruim de maneira alguma. O que acontece é que a maioria desses influenciadores não define concretamente o que são os direitos e o que são os deveres, ou seja, não mostram onde estão exatamente os limites que separam um e outro.


Qualquer uma de nós pode ficar extremamente ‘perdida’ quando de repente um filho olha pra você e solta aquele palavrão, com muito esforço, tentando recuperar-se da surpresa, agimos com uma repreensão ou um castigo. Continue lendo para saber como agir nessas horas e em tantas outras.


Muitas pessoas pensam que talvez devessem proibir os filhos de interagir na internet, ou assistir TV.


Calma. Ser radical não é favorável. É verdade que existem muitos conteúdos tanto na TV como na internet que não agregam em nada, o ideal é negociar, estipular horários, escolher juntos a programação, negociar a quantidade de tempo de uso desses eletrônicos, de vez em quando assistir junto para conferir o conteúdo.


Se você também já está sem saber como agir, ou está cansada de ouvir que a falta de limite ‘é só uma fase’, nesse artigo mostrarei exatamente o que você precisa saber:


A verdade. Nua e crua.


Antes de apresentar o conteúdo desse artigo, algumas observações importantes:

*sim, é possível descobrir o limite exato e ensinar aos filhos

*sim, é possível que seja apenas uma fase

*sim, todas as mães passam por isso


Quando eu tinha escola em SP via muitas mães sofrerem por não saberem como colocar limites aos filhos. Embora muitas pessoas afirmem ser uma fase de birras, de contradições e desafios, eu via crianças de todas as idades se oporem a tudo que era dito pelos pais, esse comportamento pode se manifestar em qualquer idade, pois se trata da maturação da criança.


Maturação é diferente de maturidade.


Toda criança quando está se desenvolvendo testa seus pais e mães, em especial as mães, isso porque normalmente a mãe é com quem a criança passa mais tempo e por conseqüência acaba tendo mais afinidade. Toda vez que a criança ultrapassa o ‘limite’ ela está testando, ou seja, verificando se ela pode ou não ter aquela atitude e quando nós ‘pobres mães mortais’ temos uma reação de repreensão, os filhos aprendem duas coisas:


1- Isso é errado, não é legal

2- Isso tira minha mãe do sério, ela fica irritada.


As crianças são muito perceptivas. E toda vez que a mãe frustrar essa criança com uma negação, ela se sentirá contrariada e com raiva por não ter o que queria, então adivinha: Eu posso te irritar também – esse é o pensamento da criança.

Claro que as crianças não fazem isso por mal, ou ‘de caso pensado’, lembre-se, elas estão testando e aprendendo.


Então vamos às verdades e aos limites:


Verdade #1: Sem querer ensinamos nossos filhos quais são nossos pontos fracos


Quando ficamos sem reação ou punimos nossos filhos por algo que eles fizeram, ensinamos a eles um modo super eficaz de nos irritar.


Se estamos em público sentimos que estamos em desvantagem.

Preocupadas com o que os outros irão pensar acabamos cedendo às manifestações da criança a fim de que ela pare de chamar atenção.


A melhor ação diante da atitude da criança é mostrar que aquilo que ela fez entristeceu você – perceba que entristecer alguém, tem peso diferente de irritar alguém - e não ceda ao pedido, e quando a criança se acalmar explicar o porquê do ‘não’.

E não se incomode se as pessoas estão olhando, todo mundo já passou por isso!


Se estivermos falando de birras entre dois a cinco/seis anos, saiba que as birras fazem parte do neurodesenvolvimento infantil e por isso nem todas as birras será controlada. Deixe a criança extravasar.


Verdade #2: Não existe manual e menos ainda receita certa, assim como as crianças, precisamos ir testando...


Quando estamos educando nossos filhos, muitas pessoas ligadas a nós acreditam ter a fórmula perfeita que deu certo para um filho, para um amigo, enfim, é preciso entender que cada criança tem sua individualidade e por isso não necessariamente o que deu certo com uma criança dará certo com seu filho, além disso, hoje em dia as coisas mudam muito depressa e os contextos familiares são diferentes, muitas vezes, o que deu certo com seu primeiro filho não funciona com o segundo, imagina com crianças de famílias diferentes.

Seja criativa, crie brincadeira dentro do contexto do limite que quer ensinar, invente personagens que faz ações certas e comente dando ênfase à boa atitude do personagem, as crianças entendem as mensagens.


Verdade #3: Se conselho fosse bom, não seria dado, seria vendido


Ninguém nasce pronto, sabendo tudo, aos poucos todas nós vamos aprendendo, quando uma mãe mais experiente te contar como funcionou pra ela, ou sua mãe, sua avó, sua sogra lhe contarem como faziam, é interessante ouvir e aprender tantas dicas que funcionaram. Quem sabe pegando um pouquinho de cada ‘história de sucesso’ você consiga montar a sua história, de maneira única e eficaz e que funcione pra você e lá na frente, no futuro, tenha certeza que você estará contando às mães mais novas como você fez.

Portanto, não entenda como intromissão, tire proveito de tudo que chegar até você para criar o seu jeito de escrever sua história.

Você não precisa fazer tudo/nada que te falam, mas precisa respeitar a história de quem já passou pelo que você passa.


Verdade #4: Todas as mães já passaram por isso e todas já erraram em algum momento


Como não existe perfeição, e o ser humano não é exceção a essa regra. Somos falhas!

Admitir que podemos errar tira dos nossos ombros um peso que carregamos desnecessariamente: O de ser perfeita!

Então acredite, toda mãe já fez algo que não deu certo, isto é normal. Mas, uma coisa boa é que acertamos muito mais do que erramos e esses momentos de acertos precisam ser comemorados, afinal ser mãe não é tarefa fácil, exige dedicação e Muito Amor.


E quando falamos em dedicação e muito amor podemos falar de qualquer coisa, inclusive de limites.

Uma boa maneira de ensinarmos limites para os filhos é mostrar que tudo o que se faz na vida tem conseqüências, seja fazer algo bom ou ruim, ambos terão conseqüências boas ou ruins.


Acredite os castigos e punições não ensinam nada!


Ensinar sobre as conseqüências é muito mais saudável, pois, mostra para a criança que ela não precisa testar o tempo todo para aprender, ela começa a compreender que quando ela recebe um NÃO diante de um pedido, este “não” significa evitar alguma conseqüência desastrosa. Mas é preciso explicar isso para as crianças, o não por si só não dará conta do recado.


Quando escolhemos ser mães nem imaginamos o quão testadas seremos, e menos ainda quanta coisa aprenderemos em tempo real.

Quando nasce uma criança, nasce uma mãe, ainda que você tenha dois, três ou sete filhos como nossas avós, sempre nascerá uma mãe diferente em uma mesma mulher, uma mãe que aprenderá coisas novas todos os dias com aquela criança única.


É possível que existam tantos erros quanto acertos, mas o mais importante é o crescimento e as experiências que os dois (mãe e filho) terão para o resto da vida e a vivência compartilhada com todos da família, enriquecendo cada dia, cada hora. E quanto mais o tempo passa, mas você percebe que tudo isso – vale muito à pena!


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Esse texto foi escrito por Renata Generoso



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